domingo, 1 de maio de 2011

Nosso 1º de Maio





Manifestações do Primeiro de Maio de 1886



Na Luz do Trabalho 

Beneficência é também agradecer o trabalho alheio e caminhar 
construindo.
Quando transites na estrada, lança um pensamento de gratidão 
aos que se feriram nas lajes para que a tivesses; fartando-te à 
mesa, lembra as dilacerações do lavrador que tratou a semente 
para que o pão te regalasse; no lar, recorda os que te levantaram
 o agasalho doméstico, muitas vezes, à custa da própria vida; 
no simples copo de água que te aplaque a sede, podes meditar 
nos braços que se conjugaram, em múltiplas tarefas, a fim de que
 a recolhesses, pura, do filtro...
Em toda parte, inclina-se a vida, à frente de nós, amparando-nos
, atenta, de modo a que aprendamos dela o dom de servir.
Não há fruto que apareça maduro.
Humilde molho de maravalhas que te garanta o lume exigiu 
laboriosa atividade da Criação.
Tudo o que existe de útil reclamou humildade, disciplina, 
constância, paciência.
A Sabedoria Divina tudo dispõe para que os grandes e os 
pequenos se entrelacem, na sustentação do bem eterno, 
conservando cada qual em seu nível de distinção.
O sol alimenta o verme. O verme aduba a terra.
A planta nutre o sábio. O sábio ergue a escola.
Por mais brilhe no firmamento, a estrela não faz o papel da flor que 
perfuma e o oceano imponente não substitui o regato, que canta 
ignorado nas entranhas da gleba, para que o vale se coroe de verdura.
Tudo se esforça, junto de nós, para que a alegria nos sobeje, além do
 necessário.
Se já atingiste o discernimento iluminado pela convicção da imortalidade, 
possuis bastante acústica no raciocínio para assinalar o apelo constante 
da vida: trabalha, trabalha!...
Se já sabes que outros mundos se seguem a este mundo por degraus da 
evolução, não desconheces que o teu merecimento, aqui ou além, será 
medido por tuas obras.
Não te dês, assim,ao logro do desânimo e nem te confies ao perigoso 
luxo do tédio.
Reflitamos nas forças do Universo, que nos servem infatigavelmente 
sem perguntar, e para que a beneficência se nos alteie, genuína, 
do coração, trabalhemos, trabalhemos.


Emmanuel (Chico Xavier)

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