sábado, 25 de janeiro de 2014

AMADURECER

Há certos momentos na vida da gente que algo em nós clama por mudanças: nosso corpo, nossa mente... Amadurecer é inevitável mas podemos escolher quando, e como, a decisão é sempre nossa.
Como espírita sei que tudo o que vivemos hoje é fruto de nossas escolhas, de nossas decisões e, portanto, responsabilidade inteiramente nossa. 
Hoje, recém-casada, vivendo longe da minha família e ainda sem emprego me fez perceber o quanto eu sou frágil e quanto orgulho me domina em certas ocasiões... O que fazer? Eu penso... Eu reflito e chego a conclusão de que a resposta está diante de mim, o tempo todo... É como um espelho me dizendo que crescer é se reinventar, se redescobrir e, por vezes, dizer adeus aos velhos hábitos e manias, é ter menos pressa e mais ternura, é fazer vibrar nossos sentimentos em outra frequência, com mais responsabilidade por eles e pelos sentimentos dos que nos cercam. Não se amadurece com a idade se a gente não se redescobre, se a gente não deixa de repetir atos, padrões, "certezas" e regras. É também estar sempre aberto e ter menos "pé atrás", é aprender a depositar confiança nas pessoas, pois estas são seres humanos e não ciladas. É ir ao encontro do outro menos desarmado já que a vida é tão breve...
E, talvez, amadurecer seja muito mais que a redescoberta do "eu", seja também a redescoberta do "outro"... Um dia afirmou Carlos Drummond de Andrade: "Aprendi novas palavras e tornei outras mais belas".
Amadurecer, talvez seja até, reinventar nossa forma de amar...